Apatia gera improdutividade na vida cristã

“O abandono da comunhão com Deus e a igreja nos deixa bastante vulneráveis, porque sem a comunhão com Deus somos facilmente dominados pela apatia e improdutividade.”

A apatia está diretamente relacionada com a improdutividade. É de se impressionar como a igreja, de um modo geral está se enchendo de crentes apáticos, e isto é uma afronta ao chamado de Deus em nossas vidas. A vida cristã improdutiva depõe contra a maravilhosa obra de salvação efetuada no crente, através do Senhor Jesus Cristo. Tiago afirma que a fé sem obras, é morta em si mesma (Tg 2.17). É uma grande incoerência sermos chamados cristãos e não produzirmos frutos dignos deste chamado bendito. Em João 15, Jesus faz uma advertência a todos nós que somos discípulos: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). Ou seja, é impossível para o crente ser frutífero, se não permanecer em plena comunhão com Cristo, a Videira verdadeira.

Não podemos esquecer que a produção dos frutos está intimamente ligada aos relacionamentos em que vivemos no dia a dia. “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no comainho dos pecadores” (Sl 1.1). “Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido”(Sl1.3). Estar no centro da vontade de Deus é como estarmos plantados como uma árvore junto ao ribeiro de águas, onde os frutos são abundantes. Quais os  frutos que o crente que desfruta da comunhão com o Senhor pode produzir em seu viver? Primeiramente podemos lembrar os frutos do Espírito relacionados em Gálatas 5.22-23: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.” Estes frutos são essenciais para todo crente genuíno, em quem habita o Espírito de Deus. Como filhos da luz, também devemos produzir os frutos da luz: “Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz, porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justiça, e verdade” (Ef. 5. 8,9). Outro ponto a considerar está relacionado com os dons espirituais. Deus concedeu dons diversos para serem exercidos, “...com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço” (Ef. 4.12). Assim, como um corpo precisa da cooperação de cada membro, a igreja deve funcionar com base no exercício dos dons espirituais. Quando abandonamos a comunhão com o Senhor não consideramos a importância de dar frutos para o reino de Cristo. O testemunho pessoal também deve estar carregado de frutos que testifiquem o arrependimento e mudança de vida operada por Cristo Jesus.

Abandonar a comunhão com Deus e consequentemente com a igreja sempre traz prejuízos para o cristão. O cristão que não desfruta da comunhão genuína com o Senhor fica acomodado num cristianismo estático. E quem está parado, na verdade regride em sua vida cristã. Se desfrutasse desta comunhão sua atitude seria pró-ativa, não acomodação e apatia. Devemos ser produtivos e desempenhar bem nossas atribuições visando exclusivamente á glória do Senhor, que nos resgatou da nossa vã maneira de viver. Fomos salvos para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas (Ef. 2:10). “Quanto mais íntimos formos do Senhor, maior será a nossa produtividade no Reino.”

Pr Jair Gouvea